Aprender Linux vem deixando de ser um complemento no currículo e se consolidando como um pré-requisito por parte das empresas. Afinal, cada vez mais elas tomam ciência dos benefícios desse sistema em termos de segurança, desempenho, estabilidade e custo-benefício.
Entretanto, assim como em outras carreiras, é necessário que o profissional seja capaz de identificar o seu próprio nível de conhecimento, de modo a compreender os requisitos para concorrer a uma vaga de emprego ou subir de cargo.
Justamente por isso, neste post vamos orientá-lo a saber em qual nível você se encaixa de acordo com as suas competências, para, ao mesmo tempo, identificar os caminhos a serem percorridos para você se tornar um especialista do LINUX. Tudo pronto para começar? Então, vamos lá!
Básico: conhecendo os fundamentos primários
Os conhecimentos que credenciam o profissional ou estudante com o nível básico (novatos) consistem, basicamente, no domínio dos comandos essenciais para o manuseio do sistema. São eles:
- pwd: exibe o diretório completo a partir de onde você estiver;
- cd: acessa o diretório raiz do usuário conectado;
- ls: lista os diretórios e arquivos da pasta em que está navegando;
- shutdown: desliga o computador;
- shutdown –r now: reinicia o computador;
- rm: apaga o arquivo;
- who: mostra o usuário atual;
- date: exibe data e hora.
Nesse sentido, o usuário deve ser capaz de navegar pelo sistema de arquivos.
Falando em sistemas de arquivos, também é fundamental saber como particionar (ou dividir) o disco rígido do computador de maneira segura, sobretudo para evitar a perda de dados no Windows.
Daí, inclusive, a importância da desfragmentação de disco e das cópias de segurança, pois o Windows grava os arquivos desordenadamente por todo o disco. Em suma, o usuário deve se familiarizar com os sistemas operacionais baseados no GNU/Linux, e gostar do que está fazendo.
O Linux oferece possibilidades incríveis, as quais motivam a explorá-lo cada vez mais. Para comprovar o seu domínio das funções iniciais do Linux, pode-se optar por conquistar as primeiras certificações (CompTIA Linux+, Linux Essentials, LPIC–1 e LFCS).
Já para se aprimorar, vale a pena contribuir para algum projeto open source e interagir com usuários mais avançados, por meio de fóruns e grupos, a fim de aprender e se tornar mais ativo na comunidade.
Intermediário: gerenciando usuários e configurando servidores
Ao alcançar o nível intermediário, o usuário pode se considerar um sysadmin Júnior (administrador de sistemas Júnior), tendo, pelo menos, 2 anos de experiência com o uso do Linux. Mas, afinal, o que deve ser compreendido durante esse período?
Logicamente, gerenciar usuários, grupos e permissões é uma habilidade a ser dominada, aplicando as restrições conforme solicitado e garantindo que as atividades de um usuário não interfiram no trabalho dos demais.
Perceba que, sem o domínio dos comandos básicos, é impossível desempenhar esse papel com excelência.
O sysadmin de nível intermediário é capaz de identificar e solucionar vulnerabilidades, corrigir falhas de segurança, efetuar a configuração de redes e servidores — até mesmo remotamente (SSH) — usando das melhores práticas.
Nesse sentido, saber monitorar a rede com a finalidade de detectar violações às políticas de uso, embora exija prática, é algo imprescindível. No futuro, tal conhecimento será útil para solucionar problemas comuns de sysadmin de nível avançado.
Na questão das certificações, a LPIC-2 é encarada como o objetivo-chave do sysadmin Jr., pois valida a capacidade do usuário de administrar redes mistas de pequeno e médio porte.
Assim, correr atrás da certificação RHCSA (Red Hat Certified System Administrator) garantirá a solidez necessária para, futuramente, se consolidar como especialista em Linux e estar pronto para trabalhar em qualquer empresa.
Avançado: dominando recursos mais complexos
Grosso modo, os usuários avançados (sysadmin Sênior) têm, ao menos 4, anos de experiência com Linux. Prestes, assim, a se tornarem veteranos de guerra quando o assunto é corrigir falhas e identificar problemas em redes e servidores.
Além do sólido conhecimento em segurança, o que determinará o momento de alcançar o almejado status de Expert é a capacidade de executar tarefas ainda mais abrangentes, como:
- agendamento de tarefas;
- domínio do ambiente shell (interpretador de comandos);
- gerenciamento de LOG, RAID, LVM e Kernel;
- banco de dados;
- controle de acesso (Firewall);
- planejamento de capacidade.
O agendamento de tarefas, por exemplo, é um processo significativo para a administração de sistemas, pois permite que a execução de scripts de manutenção e geração de relatórios, entre outras atividades, sejam programadas.
Dominar o ambiente shell também é um requisito primário para quem está alcançando esse nível de especialização, visto que as inúmeras funções do shell são primordiais para a rotina do sysadmin.
Devido ao imenso volume de logs gerados em redes corporativas, que já envolvem o armazenamento de disco, ainda faz parte dessa jornada adquirir um alto grau de conhecimento no gerenciamento de LOG, tal como o gerenciamento de RAID e LVM.
Além disso, atentar-se às tecnologias mais quentes do momento, como o cloud computing, pode resultar em uma considerável vantagem a longo prazo. Isso fará com que você vá além de um mero sysadmin Sênior — explorando áreas como essa, é certo que você logo alcançará uma posição muito privilegiada na sua área.
E um ótimo meio de se qualificar é, sem dúvidas, investir em um curso avançado e no preparo para conseguir algumas certificações, como a LPIC-3, RHCE (Red Hat Certified Engineer), SCA (SUSE Certified Administrator) e outras certificações que o guiem para uma especialização (nuvem, virtualização, plataforma de aplicações etc.).
Expert: adquirindo a especialização em servidores
Por fim, após trilhar o árduo caminho para chegar ao mais alto nível de conhecimento do Linux e tendo adquirido as certificações — que, por si só, já são um desafio e tanto —, não há dúvidas de que você esteja preparado para ser um Expert do mercado.
Como o próprio termo “expert” nos sugere, trata-se de um usuário que sabe tudo sobre servidores (DNS, Proxy, E-mail, FTP etc.). Sabe definir rotas de rede e gateway, além de ter um sólido conhecimento em Segurança da Informação (Firewalls, testes de vulnerabilidade e funções pertinentes ao ethical hacking).
Em outras palavras, é a pessoa que saberá resolver todos os tipos de problemas envolvendo o servidor e o ambiente de rede, também capaz de implementar novas tecnologias dentro de uma corporação usando o sistema Linux.
Mesmo sabendo tudo isso, no entanto, o expert sempre deve ter em mente que a tecnologia não para de evoluir, e ele pode até cumprir um papel importante nessa evolução.
Nesse sentido, o ato de aprender Linux deve ser considerado um ciclo sem fim. Você continuará sempre sendo um estudioso — nada com que você não venha a estar acostumado, certo?
Bônus: investindo em cursos para aprender Linux de maneira efetiva
De fato, enriquecer o conhecimento sobre o sistema Linux é um processo que exige a aplicação prática constante do aprendizado em um ambiente real. Mas, para aprender Linux de uma vez por todas, é fundamental investir também em bons cursos e contar com a assessoria de quem domina esse poderoso sistema.
Então, se gostou deste post e quer mesmo aprender como dominar o Linux a ponto de se tornar um expert, aproveite agora para baixar (gratuitamente) o nosso e-book do Curso Linux Ubuntu!