Provedores de computação e nuvem – Conheça os principais (parte 1)

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A expansão dos serviços de cloud computing nos últimos anos vem fazendo a competitividade chegar ao setor. Se até pouco tempo a Amazon e a Microsoft praticamente dividiam o mercado, hoje temos outros provedores de computação em nuvem com enorme potencial de sucesso.

Evidentemente, os consumidores desse tipo de plataforma ganham muito com isso. Além de verem o leque de opções ampliado e as consequências da concorrência para a qualidade dos serviços prestados, o panorama permite que mais complexidade (no bom sentido) seja agregada às estratégias de multi-cloud.

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Já os profissionais da área de Tecnologia da Informação, incluindo estudantes, se veem diante de grandes oportunidades para a carreira. Isso porque a nuvem, num futuro breve, hospedará quase 100% dos processos feitos a partir do computador, e os principais fornecedores vêm assumindo um papel importante na formação de especialistas.

O objetivo deste conteúdo — que está dividido em duas partes — é fazer uma introdução acerca dos provedores de nuvem e seus respectivos desempenhos no mercado, serviços e programas de capacitação. Em outras palavras, deixá-lo a par dos detalhes mais relevantes para que consiga se planejar adequadamente.

Na primeira parte, abordo a Amazon Web Services (AWS), maior e mais completa plataforma de cloud computing do mundo, e algumas dicas úteis sobre o investimento em certificações. Na outra, apresento os principais concorrentes da Amazon: Microsoft, Google e IBM. Vamos começar!

Amazon Web Services

Mais conhecido pela abreviação AWS, a Amazon Web Services foi lançada em julho de 2002 (e relançada em março de 2006) e se tornou o maior provedor de infraestrutura e serviços de cloud computing do mundo — a sua maior concorrente é a Microsoft com sua plataforma Azure, que será abordada mais adiante.

De acordo com os informes oficiais referentes ao segundo trimestre de 2019, a gigante norte-americana viu sua receita com a AWS crescer 37%, mais precisamente 8,4 bilhões de dólares — em relação aos 5,3 bilhões reportados no mesmo período em 2018. No geral, a AWS detém 40% de todo o mercado de cloud.

O que justifica essa forte consolidação da Amazon nesse mercado? Fazendo uma análise superficial já é possível identificar uma série de fatores para isso. Alguns deles são:

  • presença geográfica: a AWS está presente em 21 regiões do planeta com mais de 66 zonas de disponibilidades;
  • escalabilidade: ao gerenciar tantos data centers em todo o mundo e uma plataforma inovadora, a AWS tem condições de fornecer recursos quase ilimitados; e
  • segurança: além de oferecer um nível de segurança do mais alto nível, empresas como Symantec, Trend Micro, Tenable e Sophos, entre outras, são parceiras da AWS para fortalecer a proteção da plataforma.

Fora esses fatores básicos, há outros detalhes relevantes que convencem quatro a cada dez empresas que investem na tecnologia. São eles o produto que a Amazon Web Services mantém em parceria com a VMware e a “infinidade” de serviços e ferramentas em nuvem disponíveis.

VMware Cloud on AWS

Segundo a própria Amazon, o VMware Cloud on AWS é uma modalidade de nuvem integrada desenvolvida em conjunto pela AWS e pela VMware. Trata-se de uma opção de migração mais segura e viável para ambientes locais e cargas de trabalho baseados no VMware vSphere e necessitam ampliar a capacidade do datacenter.

De acordo com a pesquisa RightScale 2018 State of the Cloud Report (vide tabela, abaixo), da qual participaram 997 respondentes que representam múltiplas indústrias e portes de negócios, 12% das organizações adotaram o VMware Cloud on AWS.

Muito dessa estatística se deve ao fato de que muitas empresas estão buscando experimentar serviços de nuvem pública. Em partes, porque 21% delas utilizam a estratégia de multi-cloud e, também, pela conveniência do serviço para quem já trabalha com soluções VMware.

O gráfico acima nos mostra que 14% dos respondentes adotaram o VMWare Cloud on AWS com propósito de experimentá-lo.

Serviços em destaque

Certamente, se eu me dedicasse a apresentar todos os serviços da Amazon Web Services, faltaria espaço no artigo para tantas informações! Para se ter ideia da dimensão do portfólio, há serviços baseados em cloud para 23 categorias, entre elas:

  • Computação (servidores, contêineres, armazenamento etc.);
  • Desenvolvimento (ambientes de testes, programação, ferramentas etc.);
  • Banco de dados (banco de dados relacional, sistema de cache de memória, data warehousing…);
  • Segurança da Informação (firewall, certificados SSL/TLS, criptografia, entre outros); e
  • Internet das Coisas (conexão de dispositivos, sincronização, gerenciamento etc.).

Você pode conferir mais detalhes neste link. Abaixo, destaquei quatro dos serviços mais importantes da plataforma.

Amazon EC2

O Amazon EC2 é um dos serviços-chave da plataforma AWS. Lançado em 2006, o EC2 fornece recursos escaláveis entregues via Internet, ou seja, o que há de mais fundamental na computação em nuvem. Ele dispensa, por exemplo, qualquer investimento em data center físico.

As vantagens para o usuário são muitas, a começar pelo gerenciamento dos recursos computacionais, que permite o controle do que vem sendo utilizado em termos de armazenamento, memória RAM, processamento, sistemas operacionais, entre outros componentes.

Amazon S3

Por sua vez, o Amazon S3 é voltado ao armazenamento de dados seguro e confiável, garantindo que os princípios de confiabilidade, integridade e disponibilidade, os três pilares da Segurança da Informação, sejam aplicados aos arquivos. Além disso, o serviço é integrado aos mais rígidos requisitos de segurança.

Um ponto que não pode ser ignorado é o nível de disponibilidade. Quem tem noções de infraestrutura de data center sabe, certamente, que a instalação é minuciosamente avaliada por institutos e autoridades globais, como o Uptime Institute, os quais fornecem certificações.

Sem as certificações, nenhuma empresa pode garantir, por exemplo, a máxima entrega de disponibilidade com o mínimo de latência (99.9999999999%), e a Amazon Web Services é uma das poucas no mundo acreditadas para isso. Por essas e outras que o Amazon S3 oferece a excelência em data storage.

Amazon CloudFront

Um objetivo comum das empresas e profissionais que atuam online é a otimização do website. Existem várias pesquisas (do Google, inclusive) que apontam o tempo de carregamento da página como um dos elementos mais determinantes para o sucesso ou fracasso do site.

Nesse contexto, o Amazon CloudFront surge como a solução ideal para prevenir a página da web da alta latência e, também, falhas de carregamento (algo muito comum por conta da mobilidade). A AWS assume o gerenciamento de todo o conteúdo para assegurar a entrega e a apresentação de maneira eficiente.

Outro motivo que pode levá-lo a integrar o site aos serviços da AWS é a qualidade em si. Enquanto muitas pessoas têm dores de cabeça com alguns provedores de hospedagem e seus servidores que vivem fora do ar, outras usufruem da alta disponibilidade da nuvem.

Amazon Lambda

O Amazon Lambda é um serviço essencial para desenvolvedores que lidam com uma infraestrutura que já não suporta mais as suas demandas. Geralmente, quando o servidor recebe muitas requisições e fica saturado, interrompendo o progresso da equipe.

Como o Lambda resolve esse problema? Simplesmente, fornecendo um ambiente bem equipado e capaz de suportar qualquer tipo de desenvolvimento. Assim, o usuário não precisa se preocupar com a infraestrutura, pois a AWS providencia todos os recursos necessários.

Certificações e capacitação profissional

Conforme adiantei na introdução do artigo, um dos objetivos deste conteúdo é elucidar a contribuição dos principais provedores de computação em nuvem para a formação de especialistas ao redor do globo.

Nesse sentido, a AWS oferece uma plataforma com ampla quantidade de materiais entre vídeos, ebooks, whitepapers e documentações, produzida pela equipe interna da Amazon, que serve de suporte para estudos.

O mais legal disso tudo é a possibilidade de investir em certificações, desde que o candidato tenha a experiência e títulos requeridos para fazer o exame. Logo, todo o conhecimento adquirido com o programa de capacitação pode ser acreditado pela própria AWS.

Quando se cogita uma especialização — não somente um profundo entendimento do conceito de cloud computing —, como um título de desenvolvedor ou operador especialista, é necessário escolher entre a tecnologia de um determinado fornecedor.

Certificações AWS

Se você quer desenvolver soluções que rodam na nuvem da AWS, convém seguir o roteiro de qualificação Developer Learning, desenvolvido para quem deseja obter a certificação AWS Certified Developer – Associate. Para outras áreas de atuação, existem as seguintes certificações:

  • AWS Cloud Practitioner Essentials;
  • AWS Certified Solutions Architect;
  • AWS Certified SysOps Administrator; e
  • AWS Certified DevOps Engineer.

Por que optar pelas certificações da Amazon? Estrategicamente, o profissional de TI aprende a trabalhar com os serviços presentes em quase metade das organizações que utilizam a nuvem — inclusive as brasileiras.

Outro bom motivo para se formar com a equipe AWS é a vasta experiência da empresa no ramo. Ainda que outras gigantes renomadas estejam no páreo, nenhuma delas avançou tanto na computação em nuvem como a Amazon, nem mesmo a IBM, que está no mercado de TI há 118 anos.

Ou seja, qualquer que seja a inovação ou serviço de nuvem em destaque, é quase certo que ela surgiu da Amazon ou está presente em seu portfólio; então é o melhor espaço para o profissional se qualificar.

Considerações quanto a investir em certificações

Aproveitando o gancho do último tópico, é importante frisar que há um conjunto de fatores que deve ser levado em conta na hora de investir na qualificação em TI. Muitos estudantes e profissionais, entusiasmados, cometem erros ao investir em certificações que não agregam valor ao currículo.

Portanto, a minha dica é: antes de tomar a sua decisão, relacione o seu objetivo de carreira com as opções disponíveis na área e a demanda do mercado. Abaixo, alguns cenários que ajudam a elucidar o que estou dizendo.

Cenário 1: Especialização

Um erro comum de muitos que buscam a especialização é, ironicamente, não concentrar esforços num único segmento. É acreditar que a melhor tática para se sobressair nas disputas por emprego é incluir no currículo uma variedade absurda de certificações.

O maior problema disso para o candidato é que os objetivos de carreira ficam sem um direcionamento. Mesmo que a ideia seja enfatizar o lado “generalista”, as empresas, além de não estarem em busca de profissionais com esse perfil, sabem muito bem que não existe “gurus da TI” sem a devida experiência em cada campo de conhecimento.

Portanto, por mais redundante que soe esta dica, é necessário se especializar para tornar-se um expert. Sendo assim, após dominar os conceitos básicos de cloud computing, o ideal é que escolha uma área com a qual se identifique, exemplos: Segurança da Informação, Arquitetura em Nuvem, Developer, entre outros.

Cenário 2: Consultoria e Liderança

Em termos de carreira profissional, a Tecnologia da Informação é uma área que acolhe talentos de perfis diversos. Do mesmo jeito que há espaço para operadores, analistas, engenheiros e hackers, há lugar para quem dota de liderança, visão estratégica e vocação administrativa.

Supondo que se identifique com isso, você pode ocupar cargos de gestão e governança e, também, consultoria. Legal, mas onde a tecnologia se encaixa nisso? Nas tomadas de decisões, que passam a ser embasadas nas soluções oferecidas pelos provedores de computação em nuvem.

Um roteiro de estudos adequado para esse tipo de atribuição, por exemplo, é o Architect Learning, da Amazon.

Cenário 3: Ensino

Uma possibilidade pouco difundida, embora muito promissora, é atuar na área de Ensino. Aqui no Brasil, por exemplo, algumas universidades (renomadas, inclusive) oferecem cursos de cloud computing a profissionais de TI (gestão, inteligência, analistas, cientistas etc.), proporcionando a estes uma formação complementar.

Com a nuvem cada vez mais inserida no ecossistema de negócios, a tendência é que a ela se torne um item obrigatório nas matrizes curriculares e, em função disso, cresça a demanda por especialistas no assunto para ministrar aulas sobre o tema. Em outras palavras, incluir a computação em nuvem no currículo é ótima estratégia.

A quem segue esse caminho, além da vocação para ensinar, é importante que se tenha um perfil generalista — exceto para abordar tecnologias cloud de maneira específica, logicamente. Como se preparar? Nesse caso, todos os provedores oferecem cursos preparatórios e certificações necessários para a formação.

Se você ficou em dúvidas a respeito das dicas, só deixar um comentário. Fechado? Encerro aqui a primeira parte deste conteúdo especial sobre os provedores de computação em nuvem e o importante papel deles para o futuro dos profissionais de TI. Para acessar a próxima parte, clique aqui.

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