Entre as distribuições de Linux que surgiram a partir do Red Hat Enterprise Linux, o CentOS se destaca pela sua confiabilidade e capacidade de se adaptar a vários ambientes de TI. Totalmente gratuito e com o apoio de milhares de usuários, esse sistema pode ser visto como uma alternativa ao RHEL em várias situações.
Se você quer saber tudo sobre ele, continue lendo!
Quais são as origens do CentOS?
O CentOS é uma distribuição Linux conhecida pelo seu alto nível de estabilidade, previsibilidade e pela possibilidade de ser configurada de múltiplas maneiras. Feita a partir do Red Hat Enterprise Linux (RHEL), ela é mantida em um modelo simples, com alto nível de transparência e abertura.
Pode acessar aqui para fazer o Download do CentOS ( em sua última versão ).
Desde 2004, o CentOS se tornou um projeto suportado pela comunidade de desenvolvedores em torno do Linux. Todo o seu código passou a ser derivado das fontes públicas e gratuitas do Red Hat. Como consequência, o CentOS é totalmente compatível com o RHEL.
Para criar o sistema e distribuí-lo gratuitamente, developers removeram todos os pacotes e conteúdos protegidos por direitos autorais.
Assim, foi possível tornar a distribuição aberta e acessível sem perder as vantagens do Red Hat. E, com o apoio de uma comunidade ativa, composta por administradores de sistemas, gestores de redes, entusiastas e um time de core desenvolvedores, é possível manter a qualidade do software que é entregue ao usuário.
Como essa distribuição Linux está sendo incorporada no mundo corporativo?
Enquanto o Red Hat Enterprise Linux é um produto comercial desenvolvido e mantido pela Red Hat com a ajuda dos seus clientes, o CentOS é feito por um time de developers e seus usuários.
Ainda que o CentOS seja derivado do RHEL, ambos se diferenciam por aquilo que levam “debaixo do capô”. O tipo de build é diferente, assim como os processos e até mesmo o kernel utilizado. Consequentemente, os binários de ambos os sistemas não são os mesmos.
Hoje, o foco do Projeto CentOS é entregar para os seus usuários uma distribuição com forte apoio da comunidade. O seu uso é feito principalmente em servidores, sendo o CentOS a distribuição mais utilizada nesse ambiente desde 2010.
Em geral, ele é a primeira escolha para gestores de TI que buscam um ambiente de trabalho leve, rápido, seguro e funcional. O CentOS se destaca por unir o melhor do Red Hat Enterprise Linux (segurança, confiabilidade e alta performance) com a vantagem de ser totalmente gratuito.
Quais são as principais as vantagens do CentOS?
O CentOS tem grandes vantagens quando comparado com outras distribuições Linux voltadas para o meio corporativo. A primeira está no preço: totalmente grátis, a sua implementação pode ser vista como um investimento de alto retorno.
Apesar de não ter suporte personalizado, o CentOS conta com uma comunidade ativa, pronta para solucionar problemas. Além disso, graças aos fóruns e à documentação oficial, as chances de uma falha não ter solução disponível é muito baixa.
Como os códigos-fonte do CentOS e do Red Hat Enterprise Linux são semelhantes, a compatibilidade entre os dois sistemas é elevada. Em outras palavras, é possível adotar extensões e aplicações semelhantes em ambos os ambientes, tornando a migração entre os sistemas ágil e segura.
Outro ponto a se destacar é a facilidade para ser implementado. O CentOS não exige atualizações constantes e o suporte ao software é feito com uma visão de longo prazo. Dessa forma, a equipe de TI pode utilizar esse sistema mesmo em ambientes críticos, nos quais o número de interrupções aceitas para grandes updates é baixo.
Além disso, a simplificação das rotinas de gestão de TI proporcionada por esse fator reduz os custos operacionais de médio e longo prazo.
Por ser um sistema operacional sólido e com uma boa interface gráfica, o CentOS também pode ser utilizado nas máquinas do usuário final. Isso dá liberdade para gestores de TI, que podem criar uma infraestrutura corporativa integrada e eficaz.
Vale destacar, também, que o baixo consumo de recursos torna o CentOS uma opção atrativa especialmente em companhias cujos dispositivos têm uma baixa capacidade de processamento.
Como o CentOS diferencia de alternativas como o Fedora, o Debian e o Red Hat Enterprise Linux?
No ambiente corporativo, o CentOS tem alguns concorrentes de peso. Ele se diferenciam por fatores como o tipo de suporte ao usuário, o ambiente padrão e o gerenciador de pacotes. Nesse sentido, essa distribuição possui 3 grandes rivais: Debian, Fedora e o RHEL.
Veja mais sobre o FEDORA aqui nesse artigo também.
O Red Hat Enterprise Linux é mantido pela Red Hat, a mesma empresa que patrocina o Projeto CentOS. Com funcionalidades semelhantes, o RHEL é vendido sob demanda e, portanto, tem um time de suporte individualizado.
Já o Fedora Linux, também mantido com o apoio da Red Hat, se destaca por ser uma distribuição receptiva a novidades do mundo linux. Para quem está familiarizado com o gerenciador de pacotes RPM e o ambiente Gnome, ele pode ser visto como uma boa opção.
Em média, a cada 6 meses um novo update é liberado com a última versão dos principais pacotes de programas, binários e bibliotecas. No caso de profissionais de TI que trabalham em ambientes de testes e mais flexíveis, esse fator pode ser visto como uma vantagem.
Por outro lado, sistemas críticos ou infraestruturas de alta performance podem ser prejudicadas pela abordagem menos conservadora do Fedora. Em todo caso, CentOS, Fedora e o RHEL caminham juntos, com características internas muito próximas entre si.
Já o Debian é totalmente gratuito e mantido pelo Projeto Debian. Sendo uma das primeiras distribuições gratuitas do Linux, ela foi por muitos anos a mais popular entre usuários corporativos. Hoje, o Debian se destaca pela estabilidade e grande suporte da comunidade, obtido ao longo de 20 anos de mercado.
Conhecer as distribuições Linux é considerado por muitas empresas como um fator estratégico. No ambiente corporativo, sistemas como o CentOS e o Red Hat são vistos como peças-chave para uma infraestrutura de TI mais segura e confiável. Mas, para ter pleno domínio dessa ferramenta, conhecer as suas características e detalhes internos é a melhor estratégia.
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