Desenvolvido e lançado por Clement Lefebvre, na França, o Linux Mint é uma das mais conhecidas e importantes distros do Linux. O Mint é baseado nos sistemas operacionais Debian e Ubuntu, o que proporciona aos usuários uma vasta gama de aplicações.
Mas o que o Linux Mint entrega de diferente em relação às demais distribuições? Ressalto: o consumo de memória abaixo da média e a interface gráfica são elementos que despertam atenção no sistema, mesclando o bom aproveitamento de hardware com um visual sofisticado e intuitivo.
A aparência elegante, Inclusive, direcionou boa parte do foco no projeto. Para atender a isso, a equipe de desenvolvedores não hesita em acrescentar à interface sugestões que os usuários emitem nos feedbacks, valorizando o conceito de User Experience (UX).
Os gráficos são tudo que o sistema tem a oferecer? Ao longo deste artigo, veremos que o Linux Mint é muito mais do que isso. Explicarei, concisamente, a história da distribuição Linux, sua importância no universo Linux, a concorrência com o Ubuntu e as diferenças entre suas versões.
Breve história do Linux Mint
Lançada em 2006, a primeira versão do Linux Mint foi baseada no Kubuntu (versão do Ubuntu com interface KDE) e foi batizada “Ada”. A versão 2.0 desse sistema Linux, “Barbara”, foi a primeira a ser desenvolvida a partir do Ubuntu.
Quando lançada a terceira versão, “Cassandra”, o Linux Mint já contava com um pequeno nicho de usuários que, futuramente, formariam uma legião de usuários fidelizados com os benefícios da distro.
A partir de 2008, o Linux Mint adotou o mesmo ciclo de lançamento que o Ubuntu. No entanto, os desenvolvedores mudaram de plano quando perceberam que precisavam melhorar a compatibilidade entre os dois sistemas; com isso, o Linux Mint sofreu mudanças no código-fonte e no ciclo de lançamento.
Desde o lançamento da “Felícia”, a sexta versão do sistema, o Linux Mint é construído diretamente da versão mais recente do Ubuntu disponível — por isso, as versões são lançadas poucas semanas após o lançamento do Ubuntu.
Atualmente, o Linux Mint está entre as distribuições mais utilizadas no mundo — junto ao Manjaro e o Ubuntu. Muito dessa popularidade se dá pelo fato de que sua interface amigável e recursos são atrativos para usuários que estão migrando do Windows para o Linux.
Importância do sistema Linux Mint
Essa popularidade da qual estamos falando faz do Linux Mint uma das distros Linux mais importantes. Ao experimentar o sistema, o usuário iniciante percebe que tem à disposição suas aplicações imprescindíveis (entretenimento, produtividade; utilitários etc.) reunidas em uma interface agradável.
Portanto, o Linux Mint é responsável por introduzir um grande número de pessoas ao universo Linux, fazendo com que, ao longo da experiência, elas compreendam as vantagens de software livre, código aberto, uso de terminal, entre outros benefícios fortemente presentes no Linux.
Linux Mint como alternativa ao Ubuntu
Não faria sentido dizer que há uma rivalidade entre Linux Mint e Ubuntu, visto que um é diretamente desenvolvido a partir do outro, mas é constante a busca por respostas e comparativos para determinar qual dessas distros atende melhor aos requisitos do usuário.
A escolha é inerente ao que se busca em um sistema operacional. Por exemplo, você não quer dedicar muito do seu tempo com instalações? Precisa de um SO fácil de mexer? Quão importantes são os aspectos gráficos para você? O consumo de memória é uma prioridade?
O Linux Mint é a opção de muitos porque é uma distro que oferece o mesmo nível de suporte do Ubuntu e a mesma variedade de aplicações e repositórios, mas com vantagens extras que são determinantes para o usuário.
Esse mesmo fenômeno acontece com o Ubuntu, que é uma distro baseada no Debian e fez sucesso com usuários que desejam migrar para o Linux, contanto que o sistema operacional seja mais acessível para iniciantes — o que não é o caso do Debian, considerada uma distro voltada a usuários avançados.
Apenas frisando, o Linux Mint sai ganhando do Ubuntu, também, em relação à quantidade de versões alternativas para o usuário, conforme veremos no próximo tópico.
Diferenças entre as edições do Mint
Quando a ideia do usuário é instalar o Windows, ele deve optar pela versão mais recente (Windows 10) ou antecedente, desde que não obsoleta — Windows 8, Seven ou Vista. Caso o SO vigente não tenha uma interface satisfatória, é preciso retroceder.
Essa falta de alternativas não existe no Linux Mint. O usuário tem à disposição várias edições atualizadas da distro, ou seja, múltiplas interfaces gráficas que reúnem o que há de melhor em design e desempenho. A seguir, confira as principais delas.
Cinnamon
A interface Cinnamon faz parte do projeto autointitulado, o qual é consideravelmente recente e conta com uma série de aplicações próprias. Os maiores destaques do ambiente Cinnamon são a beleza gráfica e os recursos disponíveis.
Mate
O ambiente de trabalho MATE é a continuação do projeto desktop que foi padrão do Linux Mint entre os anos de 2006 e 2011: o GNOME 2. Em relação ao Cinnamon, o MATE dispõe de menos recursos; porém, o prejuízo é compensado pela velocidade, consumo de processamento e estabilidade.
XFCE
O ambiente desktop XFCE carrega suas próprias características sem se basear em nenhuma outra interface, sendo sua maior marca o desempenho: o XFCE é muito leve e minimalista, mas com alta capacidade de personalização para você customizar à vontade.
KDE
O projeto KDE, assim como o Gnome, desenvolve uma das interfaces gráficas mais utilizadas no mundo, o Plasma. Para quem gosta da interface do Windows, o KDE fornece ambientes semelhantes. Contudo, o projeto KDE para Linux Mint foi descontinuado.
LMDE
Segundo o site do Linux Mint, a edição LMDE (Linux Mint Debian Edition) foi criada para manter um sistema similar ao Mint, mas sem desenvolvê-lo a partir do Ubuntu — e sim do Debian.
Baixando o Linux Mint
A versão mais recente do Linux Mint é a 19, ou “Tara”, como foi batizada, e acompanha suporte de longo termo (long term support – LTS) de cinco anos. Isso garante que você receberá atualizações de manutenção e segurança até abril de 2023.
No site oficial você pode baixar as versões Cinnamon, MATE e Xfce, no formato de imagem ISO, prontas para serem instaladas no computador, máquina virtual (usando o VirtualBox) ou pendrive bootável.
O propósito do artigo foi trazer uma breve introdução sobre o Linux Mint, elencando suas vantagens e peculiaridades, mostrando o poder dessa distro como alternativa a sistemas operacionais consolidados, como Ubuntu e Windows. Aliás, qual deles você pretende utilizar?
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