PostgreSQL: Guia de instalação e tudo para iniciar a trabalhar com esse banco de dados

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Ubuntu: Iniciando com Linux de maneira prática e rápida

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O PostgreSQL é um banco de dados relacional que tem suas raízes no código-fonte do Ingres, projeto criado no início da década de 70 e que serviu de base, também, para o Microsoft SQL Server e o Sybase.

Ele é conhecido por ser um gerenciador consideravelmente avançado e compatível com vários sistemas operacionais e linguagens de programação, além de ser modelo para o padrão ANSI e 100% open source, ou seja, a versão completa do PostgreSQL está disponível gratuitamente.

PostgreSQL como instalar

Ficou interessado em conhecer melhor o que o PostgreSQL tem a oferecer? Então o presente conteúdo atende muito bem aos seus interesses! Aqui, você aprenderá a instalá-lo, utilizar alguns dos comandos básicos e, também, conhecerá o cliente pgAdmin.

Instalação do PostgreSQL no Ubuntu

Este passo a passo foi criado com base na versão 18.04 do Ubuntu Server, portanto, para evitar problemas com a instalação, recomendo que instale o sistema operacional em sua máquina virtual do VirtualBox para seguir as instruções.

Vale frisar que a instalação de um gerenciador de banco de dados no Linux, independentemente da distro, requer configuração básica de firewall e a criação de usuário com permissões sudo que não seja root — caso você não saiba como fazer tais procedimentos, darei uma ótima dica no final do post.

Tudo pronto para a instalação? Então vamos colocar a mão na massa!

Instalação e configuração do PostgreSQL

Por padrão, o repositório do Ubuntu vem com o PostgreSQL disponível, bastando acionar o comando apt-get no terminal, digitando as seguintes linhas:

# sudo apt update

#sudo apt install postgresql postgresql-contrib

O primeiro comando serve para atualizar o repositório, enquanto, o segundo, para instalar o PostgreSQL no sistema.

Feito isso, ao abrir o programa, note que ele está configurado para uso de autenticação ident, o que significa que as funções do PostgreSQL estão associadas a uma conta do Linux correspondente.

Logo, havendo uma função no PostgreSQL, você pode assumi-la, autenticando com as mesmas credenciais usadas no sistema operacional.

É conveniente saber, também, que o instalador, automaticamente, criou uma conta de usuário batizada “postgres”, estando ela associada com a função padrão (main role) e pronta para utilização.

Para trocar a conta de usuário para a postgres e logar no servidor, digite no terminal:

# sudo -i -u postgres

Agora você pode acessar o prompt do PostgreSQL usando o comando:

# psql

Existe outra maneira de acessar o prompt sem efetuar a troca de usuário, ou seja, diretamente com o usuário sudo. No caso, você terá de utilizar as seguintes linhas de comando:

# sudo -u postgres psql

Ao fazer esse procedimento, você terá um ambiente pronto para interagir com o sistema de gerenciamento e iniciar o seu projeto. Caso queira deixar para outro momento, digite o comando para sair:

postgres=# \q

Evidentemente, você não precisa (e nem deve) se limitar ao uso das funções criadas por padrão no PostgreSQL; é necessário criar novas funções, principalmente para criar projetos mais complexos. Portanto, a seguir, ensinarei a criá-las no prompt.

Adição de novas funções

Basicamente, você usará um comando chamado “createrole”. Durante o processo, haverá um sinalizador chamado “–interactive”, mas a sua função nada mais é que solicitar o nome da nova função e questionar se ela terá privilégios de superuser.

Vejamos um exemplo prático:

# postgres@server:~$ createuser --interactive

ou

# sudo -u postgres createuser --interactive

Em seguida, o prompt fará as perguntas que expliquei no início do tópico.

Output

Enter name of role to add: e-tinet

Shall the new role be a superuser? (y/n) y

Simples, não é mesmo? Vale destacar que existem várias outras sinalizações que permitem acesso a opções avançadas para criar funções ou realizar outras tarefas comuns.

Criação do primeiro banco de dados

Após criar a sua função, o banco de dados será gerado automaticamente com o nome escolhido para ela — e-tinet, conforme o exemplo. Contudo, para criar a sua base de dados, utilizaremos o comando “createdb”.

postgres@server:~$ createdb e-tinet

ou

# sudo -u postgres createdb e-tinet

Nitidamente, utilizar os comandos do PostgreSQL é relativamente simples e não requer experiência, pois o caminho é bastante curto e os nomes são bem intuitivos — por exemplo, o “createdb” deixa muito claro que a função é criar um database.

Três instruções básicas para começar com o PostgreSQL

Agora que você já conseguiu realizar as configurações básicas o suficiente para criar o seu banco de dados, que tal conhecer algumas funcionalidades básicas?

CREATE TABLE

Vamos criar uma base de dados? A primeira etapa será a criação de tabelas para armazenar dados. Para criar uma tabela, baseie-se na sintaxe abaixo:

CREATE TABLE nome_tabela (

nome_coluna1 tipo_dados (tamanho_campo) constraint,

nome_coluna2 tipo_dados (tamanho_campo) constraint,

nome_coluna3 tipo_dados (tamanho_campo) constraint,

);

Isto é, começamos usando o comando “CREATE TABLE”, nomeamos a tabela e, em seguida, as colunas e seus respectivos elementos. Abaixo, um exemplo mais didático de como ficaria uma tabela para simples cadastro de clientes que armazenará informações, como nome, sexo e idade.

CREATE TABLE tbl_cadastro (

nome varchar (50) NOT NULL,

sexo char (1) NOT NULL CONSTRAINT CHECK_SEXO CHECK (SEXO IN ('F', 'M')),

idade number (3) CONSTRAINT CHECK_IDADE CHECK (IDADE > 18),

);

Nesse caso, nomeamos a tabela como “tbl_cadastro”, criamos três colunas (nome, sexo e idade) com o tipo de dado que cada uma envolve e as constraints (restrições), como:

  • NOT NULL, que torna obrigatório o preenchimento do campo; e
  • CHECK, que serve para criar condições à coluna — na idade, por exemplo, a regra é conter até três casas e não aceitar números inferiores a 18.

INSERT

Com base no exemplo da criação de tabela, podemos inserir dados nas colunas usando o comando INSERT, por meio da sintaxe:

INSERT INTO tbl_cadastro (nome, sexo, idade) VALUES (João, M, 38);

INSERT INTO tbl_cadastro (nome, sexo, idade) VALUES (Laura, F, 32);

INSERT INTO tbl_cadastro (nome, sexo, idade) VALUES (Mario, M, 56);

DELETE

Logicamente, o comando DELETE serve para apagar dados de determinadas colunas selecionadas pelo usuário. Supondo que a ideia seja remover do banco os cadastros de clientes do sexo masculino, bastaria usar a instrução:

DELETE FROM tbl_cadastro WHERE sexo = ‘M’;

Feito isso, todos os cadastrados que preencheram o campo “sexo” como “M” foram excluídos do banco de dados.

Aprimorando o PostgreSQL usando o pgAdmin

Embora o uso das linhas de comando sejam comuns entre usuários e profissionais que atuam com Linux, manipular o banco de dados PostgreSQL por meio de interface gráfica é uma ótima maneira de agilizar o trabalho.

pgadmin interface web

O propósito do pgAdmin é justamente esse: permitir que todas as tarefas envolvendo o PostgreSQL sejam realizadas na interface e, claro, acrescentar recursos úteis ao gerenciador. Sem dúvidas, uma excelente ferramenta tanto para profissionais quanto iniciantes.

Salientando que o pgAdmin é desenvolvido pela própria comunidade de desenvolvedores do PostgreSQL. Portanto, é um software estritamente alinhado com as possibilidades que o gerenciador oferece.

Instalação do pgAdmin

Para instalar a versão mais recente do pgAdmin (até o momento em que escrevo o artigo, versão 4), é necessário instalar os pacotes requeridos pela plataforma (python, pip e virtualenv). Execute o comando:

# sudo apt-get install build-essential libssl-dev libffi-dev libgmp3-dev virtualenv python-pip libpq-dev python-dev

Quando surgir a extensa mensagem concedendo as opções “y” e “n”; confirme digitando “y” para concluir a instalação.

Agora, criaremos um ambiente virtual (virtual enviroment) a partir da pasta recém-criada.

# mkdir pgAdmin4
# cd pgAdmin4

#virtualenv pgAdmin4

O próximo passo é a validação do ambiente virtual. Digite:

# cd pgAdmin4
#source bin/activate

Você acaba de preparar o território para que o pgAdmin seja baixado e instalado em seu Ubuntu Server. Para prosseguir, utilize a sequência de comandos abaixo.

Download do pgAdmin:

# wget https://ftp.postgresql.org/pub/pgadmin/pgadmin4/v2.1/pip/pgadmin4-2.1-py2.py3-none-any.whl

Instalação:

# pip install pgadmin4-2.1-py2.py3-none-any.whl

Configuração do pgAdmin

Após a instalação, é necessário configurar o pgAdmin para que ele seja executado corretamente no Ubuntu Server.

Um método simples para isso é criar um novo arquivo, chamado “config_local.py” (sem aspas) na pasta “lib/python2.7/site-packages/pgadmin4/”, usando o comando:

# vim lib/python2.7/site-packages/pgadmin4/config_local.py

Com a pasta aberta, adicione o seguinte bloco de texto:

import os
DATA_DIR = os.path.realpath(os.path.expanduser(u'~/.pgadmin/'))
LOG_FILE = os.path.join(DATA_DIR, 'pgadmin4.log')
SQLITE_PATH = os.path.join(DATA_DIR, 'pgadmin4.db')
SESSION_DB_PATH = os.path.join(DATA_DIR, 'sessions')
STORAGE_DIR = os.path.join(DATA_DIR, 'storage')
SERVER_MODE = False

A partir de agora o pgAdmin está pronto para ser executado. Vamos testá-lo? Use o comando:

# pip install flask-htmlmin
# python lib/python2.7/site-packages/pgadmin4/pgAdmin4.py

Observação: a primeira linha se faz necessária caso surja algum erro do tipo “flask-htmlmin module error”.

Para conferir se todo o procedimento ocorreu satisfatoriamente, acesse o endereço http://localhost:5050 usando qualquer navegador de Internet. Caso a página do pgAdmin 4 apareça na tela, significa que a instalação foi realizada com sucesso.

Ao seguir todas as dicas e instruções mencionadas até aqui, você passará a contar com um gerenciador de banco de dados fantástico, poderá criar suas primeiras tabelas, instalar o pgAdmin 4 e extrair o máximo de benefícios do PostgreSQL em seu servidor Linux.

Gostou do conteúdo? Não se esqueça de visitar o site Profissionais Linux para aprender a como dominar o Linux a ponto de fazer qualquer tipo de operação nesse poderoso sistema!

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