Você está lembrado deste artigo sobre criar um pendrive bootável do Linux, não é mesmo? Nele, foram listados diversos programas capazes de fazer essa função, sendo o YUMI (Your Universal Multi-Boot Instaler) um dos principais deles.
O YUMI é um software livre e open source (código aberto), usado tanto para criar boot de sistemas operacionais quanto de programas diversos, como antivírus e firewall, tudo em um único dispositivo USB. É, também, o sucessor do antigo MultibootISOs.
Contudo, há um diferencial significativo: todos os sistemas e ferramentas são predefinidas, bastando ao usuário abrir o YUMI e baixá-los pela própria interface. Em seu extenso banco de arquivos é possível encontrar até versões bootáveis do Android, inclusive.
Mas como fazer a instalação e, em seguida, começar a criar o pendrive bootável para usar na sua máquina? Essas e outras informações você encontrará no presente artigo. Vamos ao conteúdo!
Quais são as principais funcionalidades do YUMI?
O YUMI é uma ótima alternativa para criar pendrive bootável, o que muito se deve à sua versatilidade e alguns recursos avançados, como os que veremos a seguir.
Variedade de sistemas operacionais e software
Ao acessar a lista de imagens no YUMI nos deparamos com diversos sistemas operacionais Linux, Windows e Android, além de programas voltados à Segurança da Informação e utilitários (FreeDOS, GParted, Clonezilla, entre outros).
Criação de um dispositivo multiboot
Como dito no início do conteúdo, o YUMI é capaz de criar um pendrive que suporte múltiplos sistemas operacionais, isto é, podemos criar um boot para CentOS, Debian, Ubuntu, Windows 10 e Android em um só dispositivo — a possibilidade dependerá, evidentemente, da capacidade de armazenamento do pendrive.
Execução de imagens não listadas no programa
Quando o usuário opta pelo YUMI é um equívoco pensar que ele ficará limitado aos sistemas e programas disponíveis na lista. Ou seja, é possível criar um boot no pendrive independentemente da distribuição do Linux em questão.
Abaixo, uma breve explicação de como criar boot de uma ISO externa.
Como criar boot de uma ISO não listada no YUMI?
De acordo com os desenvolvedores do YUMI, há quatro maneiras de testar uma ISO não listada; a maioria delas é feita com uso do gerenciador de boots do Linux, o GRUB (GRand Unified Bootloader).
O que é GRUB?
Antes de tudo, o GRUB é fundamental para gerenciar o carregamento de um sistema operacional instalado junto a outros na mesma máquina.
Embora o software (parte do projeto GNU) tenha outros recursos e suportes, ele é frequentemente utilizado na função de menu de sistemas. Ou seja, a tela que nos permite selecionar o sistema operacional a ser carregado.
Opções de boot do YUMI
A principal opção é a adição de uma quarta partição do GRUB. Na prática, o YUMI cria uma tabela de partição no dispositivo USB e a utiliza em substituição à ISO “não listada”, o que permite o carregamento de toda e qualquer distro do Linux.
Como segunda alternativa é possível, também, fazer o mesmo processo sem criar a quarta partição. Mas qual a diferença em relação ao método anterior? Segundo a comunidade do Ubuntu, o primeiro método torna a instalação mais fácil de customizar.
O terceiro método, também via GRUB, é carregando a ISO a partir da memória RAM. Isso oferece vantagens quando se pretende carregar imagens pequenas, ou deixar o dispositivo USB livre para ser usado em outras máquinas.
Por fim, o último método é realizado via Syslinux em vez de GRUB, sendo esta a opção padrão do YUMI de suporte a boot. A desvantagem do Syslinux é a falta de suporte a algumas distros.
Como fazer o download do YUMI?
Há duas versões diferentes do YUMI disponíveis para download na página oficial. A principal delas é o que habitualmente chamamos “versão comum”, a qual costuma ser a escolha padrão da maioria dos usuários.
A grande diferença entre a versão padrão e a sua alternativa, a UEFI, é que a primeira carrega pelo modo BIOS, enquanto a última utiliza o modo Unified Extensible Firmware Interface, considerado o sucessor do BIOS.
Basicamente, os dois elementos (BIOS e UEFI) são usados para carregamento inicial do sistema. Quando falamos em BIOS, referimo-nos ao mecanismo tradicional que é utilizado há décadas; é uma camada de software que define o modo como os componentes de hardware são inicializados.
O UEFI foi criado para substituir o padrão de BIOS. Trata-se de uma camada de software que atua acima do hardware e do firmware, permitindo o gerenciamento mais amplo do processo de inicialização do sistema.
Portanto o critério para baixar o YUMI é o modo de inicialização usado em sua máquina. Caso tenha dúvidas quanto a isso, recomendo que baixe o instalador padrão. Faça o download clicando aqui.
Como criar um pendrive bootável com o YUMI?
Após o download da versão do YUMI escolhida, dê um duplo clique no executável e aceite os termos e condições que aparecerão junto ao assistente.
Na próxima janela, selecione o dispositivo USB de acordo com a etiqueta — (F:\ Pendrive), por exemplo. Após selecionar, perceba que surgiram quatro opções ao lado — não precisa marcar nenhuma delas.
O segundo passo é selecionar, na mesma tela, um sistema / programa que apareça na lista. Assim que selecionado o YUMI retorna o link para download e, em seguida, pede que a ISO recém-baixada seja localizada.
Você pode, também, selecionar uma das alternativas para instalação de ISOs não listadas (estão no final da lista). Isso permitirá que você selecione qualquer imagem guardada no sistema.
Depois de fazer as escolhas, clique em “Create” e aguarde a conclusão do processo. Pronto!
Linux
Se você já é um usuário do Linux e deseja utilizar o YUMI, saiba que o procedimento é plenamente possível. O requisito para isso é que o pendrive esteja formatado em FAT32 e com uma única partição.
Com o dispositivo devidamente montado no Linux, será necessário instalar o Wine (use o comando sudo apt install wine). Após a instalação do Wine ser concluída, dê o duplo clique no executável do YUMI e siga o mesmo passo a passo para a versão do Windows.
Seguiu o tutorial por completo? Então presumo que o seu pendrive já está apto a executar as distribuições do Linux, como o Mint, o Debian ou o próprio Ubuntu. Todavia, você sabe como criar um ambiente adequado para as tarefas que visa desempenhar no seu Linux?
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