Se você tem acompanhado a série de conteúdos sobre como criar um pendrive bootável Linux, significa que a sua noção de como as ferramentas específicas para isso funcionam e as vantagens que elas oferecem. Porém, neste artigo, apresentarei um programa que se destaca pela versatilidade: o Rufus.
Com mais de 100 milhões de downloads realizados até o início de 2018, o Rufus é um software livre (distribuído sob a licença GNU) que tem se popularizado pela alta compatibilidade com os principais sistemas operacionais e, também, por concluir as tarefas rapidamente.
Embora a ferramenta seja bastante funcional e ofereça um desempenho acima da média, o projeto Rufus é mantido pela Akeo, empresa conduzida por um único desenvolvedor de software chamado Pete Batard — até por isso as atualizações do Rufus não são frequentes.
Mas e quanto às funcionalidades, ao download, à instalação e ao uso do Rufus para criar dispositivos USB inicializáveis? Todas essas respostas você encontrará no presente artigo. Boa leitura!
Principais recursos e vantagens do Rufus
Como de praxe, iniciarei o artigo elencando as principais vantagens e funcionalidades presentes na ferramenta. Ao fim deste tópico, você terá informações suficientes para comparar o Rufus aos demais programas da categoria.
Alta compatibilidade
O Rufus oferece uma ótima variedade de sistemas operacionais e programas à disposição do usuário para iniciar pelo pendrive.
Basicamente, o que há de mais essencial entre as distros do Linux (Arch, Mint, CentOS, Debian, Fedora, Red Hat etc.), Windows (10, 8.1, 8, 7, Vista, Server 2012, Server 2016 etc.) e utilitários (GParted, Hiren’s Boot CD, FreeNAS, entre outros) está na lista.
Suporte nativo a vários idiomas
Sem dúvida nenhuma, o Rufus é a ferramenta de criação de boot em dispositivos USB que oferece mais suporte a idiomas. Ao todo são 39 os idiomas pelos quais o usuário pode optar além do inglês padrão, tais como:
- português (BR e PT);
- francês;
- espanhol;
- alemão;
- mandarim;
- italiano;
- coreano;
- sueco;
- romeno;
- norueguês; e
- russo.
No entanto, vale ressaltar que arquivos de log, por exemplo, são gerados somente em inglês.
Portabilidade
A ferramenta é distribuída em duas versões, sendo que uma delas é portátil (portable), o que traz vantagens interessantes a usuários que lidam com a manutenção de várias máquinas.
Na prática, o Rufus Portable é uma versão do programa que não requer instalação e, portanto, basta o duplo clique no executável para começar a utilizar.
Velocidade
Em comparação aos principais programas de criação de boot em dispositivos USB, o Rufus é consideravelmente mais veloz, seja a partir de uma ISO do Linux, seja por uma do Windows.
Alguns comparativos podem ser encontrados no site oficial. Em relação ao Windows USB/DVD Downloader Tool, por exemplo, a criação de boot do Windows 7 no Rufus é concluída em menos da metade do tempo.
Facilidade de uso
Além de todos os benefícios em destaque, o Rufus oferece uma interface amigável e de fácil utilização; em uma única tela e com poucos cliques é possível tornar o seu pendrive inicializável.
Desvantagens do Rufus
É inegável que o Rufus é um programa bastante vantajoso dependendo dos objetivos do usuário, porém, em termos de recursos avançados, o programa oferece algumas desvantagens que podem levá-lo a optar por outra ferramenta.
A principal delas é que o Rufus não é indicado para criar dispositivos multiboot, ou seja, usuários que ainda não têm o mesmo conhecimento de um profissional do Linux enfrentam obstáculos que inviabilizam qualquer persistência.
Outro ponto negativo do Rufus: ele só está disponível para Windows. Assim como muitos outros programas do tipo, o fator multiplataforma não está disponível para os usuários de Linux ou MacOS.
Por fim, a própria falta de tempo para que Pete Batard se dedique a novas funcionalidades do Rufus tende a implicar longa espera por atualizações significativas.
Fazendo o download do Rufus
O software está disponível para Windows nesta página, onde, também, estão disponíveis as versões anteriores do Rufus. Após concluir o download do arquivo executável, você só precisa dar um duplo clique e o programa será aberto — como ele é portátil, conforme visto no tópico anterior, o Rufus não requer instalação.
Criação de pendrive bootável usando o Rufus
Para criar o seu drive bootável é muito simples. Com o Rufus aberto, selecione, primeiramente, o dispositivo USB que deseja utilizar para a tarefa (tome cuidado para não selecionar o dispositivo errado) e, em seguida, selecione o boot.
Nessa etapa você deverá manter a opção padrão (“Disco ou imagem ISO…”) e clicar no botão “SELECIONAR”. Isso abrirá uma janela para selecionar o arquivo ISO do sistema operacional que deseja copiar. Se você baixou a ISO do CentOS, por exemplo, localize-a navegando pelas pastas.
Em “Esquema de partição”, o Rufus nos permite escolher entre MBR (Master Boot Record) e GPT (Guid Partition Table). A primeira opção é a mais convencional, enquanto o modo GPT é mais recente e traz ótimos benefícios, como suporte a partições acima de 2TB de espaço e possibilidade de se trabalhar com até 128 partições.
Para concluir o processo de configuração, registre um nome para o volume (opcional) e escolha o sistema de arquivos — se a ideia é instalar alguma distribuição do Linux, mantenha o padrão FAT32. Agora, clique em “INICIAR” e aguarde até a conclusão do processo.
Quando o Rufus confirmar a criação do boot no seu dispositivo USB, basta reiniciar o sistema, configurá-lo para dar boot via USB e testar o seu novo sistema operacional.
Ao longo do post, ficaram perceptíveis as razões que estão levando o Rufus à consolidação como um dos principais utilitários para criar dispositivos bootáveis, não é mesmo?
Não seria exagero afirmar que o Rufus é a única ferramenta que oferece alta performance para todas as plataformas, independentemente do sistema operacional a ser instalado. Quanto a isso, você já sabe qual tipo de Linux utilizar?
Sempre lembrando que se o seu objetivo é desenvolver conhecimento em relação ao Linux e, com isso, tornar-se um profissional requisitado no mercado de trabalho, recomendo que acesse o site dos Profissionais Linux para conferir conteúdos mais avançados sobre o tema.